João amava Maria, que feito Geni dava pra qualquer um. Menos pra ele.
João se desmanchava em agrados para Maria, e por timidez nunca dizia a ela o quanto era apaixonado.
Maria era uma piranha sádica que sabia dos sentimentos do pobre João, e tripudiava neles: contava ao apaixonado como tinham sido suas noitadas com os incontáveis amantes, fingia estar apaixonada por um ou por outro cavalheiro, apenas para ver seus olhos mortificados de tristeza.
Um dia Maria chegou ao cúmulo da crueldade: telefonou para João para pedir seu apartamento emprestado, para ela transar com o namorado. João respondeu: “Maria, VTNC.”
Daquele dia em diante João passou a evitar aquela que era a materialização de seus sonhos: saiu do Orkut, trocou de MSN, de celular e até de e-mail; parou de frequentar os mesmos ambientes, trocou o horário de trabalho, mudou de vizinhança; tudo para não encontrar mais com quem tanto lhe fizera sofrer.
João curou-se das feridas e transformou aquele amor em… bem, em nada. O sentimento morreu.
Então, numa bela noite enluarada, Maria apareceu do espaço sideral, ou da Sibéria, ou de qualquer outro lugar aparentemente tão distante quanto estes, e entre prantos e soluços perguntou: “João, eu tenho uma chance?”João repetiu sua resposta de anos antes: “Maria, VTNC.”
Maria insistiu, dizendo que estava cega ao não ver que João era o homem de sua vida, alegou que seu corpo precisava do dele, e que se não fosse com ele a vida não valeria a pena ser vivida.
Então João concordou com um encontro. No apartamento dela.
Lá chegando, João pediu um uísque (on the rocks, ele sempre foi fraco pra bebida), acendeu um cigarro (nem fumar ele fumava) e foi tirando as roupas: as suas próprias e as de Maria.
Fez amor com aquela mulher como se ela fosse a primeira da vida dele, e ele o último da dela. Esfregou os lábios e a língua dela por todo o seu corpo, principalmente nas partes pudendas. Enfiou suas partes pudendas em todos os orifícios do corpo de Maria, inclusive os mais inimagináveis.
Ao saciar seus instintos mais lascivos limpou o pinto na cortina, apagou o cigarro na almofada e mijou na planta da sala. Pegou 25 Reais na carteira, em notas amassadas de 2 e 5 Reais, juntou tudo numa bolinha suja, e pôs dentro da calcinha de Maria.
Vestiu-se ante o olhar confuso da mulher, que não acreditava no que estava vendo.
E da portaria do prédio chamou-a pelo interfone para dizer: “Maria, VTNC.”
Tá bom assim, pão de queijo?
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