A repórter do Estadão, Patrícia Campos Mello, fazia uma caminhada no local, por volta de 11h. Quando passava próximo ao gramado central do parque, onde havia um torneio de bumerangue para a terceira idade, foi ultrapassada por um ciclista de bermuda e sem boné. Ao se dar conta de que era Paul McCartney, consultou outra frequentadora do parque, que viu a mesma cena e confirmou a identidade do ciclista.
Ela sacou o celular para tentar tirar uma foto e foi instantaneamente abordada por dois seguranças, também de bicicleta. Um deles a advertiu para não fazer aquilo. Patrícia atendeu. Quando eles voltavam ao percurso, ela tentou ficar na cola do astro-ciclista. O mesmo homem, voltou a abordá-la, dizendo que ficaria 'realmente muito bravo' se ela tirasse alguma foto.
Além dos dois seguranças integrava o cortejo ciclístico de Paul sua namorada, que estava de boné e maquiagem.
Para despistar fãs e a imprensa, o astro chegou incógnito na cidade. Ninguém sabe, ninguém viu era a tônica do discurso de quem quer que fosse interpelado sobre o paradeiro do ex-Beatle.
Embaixo de muito sol e ainda sem a confirmação da presença de Paul McCartney na cidade, fãs de todos as partes do País se instalaram na frente do hotel para tentar dar alguma espiada em Sir Paul: 'Ele tem de estar aqui, eu sinto isso. Numa distância física, eu nunca estive tão próxima de um ex-Beatle', afirmou a estudante de jornalismo Paula Vidal, 18.
A jovem, que trouxe os LPs Paul in live e Good Evening New York City para serem autografados, confirmou que foi ao aeroporto de Guarulhos, mas não encontrou vestígios do ídolo: 'Acordei cedo e não achei nada. Decidi vir para o hotel para, quem sabe, vê-lo de perto'.
A gaúcha Rafaela Elly, 20, veio de longe para conseguir um autógrafo: 'Fiquei 27 horas em frente ao hotel do Paul em Porto Alegre, mas não consegui. Aqui pode ser a única e última chance disso acontecer', contou a garota que tem ingresso para o segundo show, no dia 22.
A professora Kelly Cristina, 34, nem ingressos conseguiu para a apresentação, mas saiu cedo de casa, na Zona Norte da cidade, para tentar vê-lo: 'Vou esperar ele chegar, já que não teve como comprar. Acredito que hoje seja mais fácil encontrá-lo. Vi o que aconteceu no Sul e fiquei entusiasmada', disse Kelly.
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